quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A extinção da CPMF

Ontem, dia 13 de dezembro, durante a madrugada foi decidido em Brasília no senado se haveria uma prorrogação ou a extinção da contribuição provisória de movimentação financeira. O tema já era discutido no congresso pelos deputados e senadores e havia um amplo debate entre a sociedade devido a grande divulgação da votação por parte da mídia do nosso país. O governo sofreu sua maior derrota em cinco anos, seis senadores aliados ao governo votaram pelo não a prorrogação.

A finalização desse imposto coloca em cheque a base aliada do governo federal. O presidente e seu grupo aconselharam todos os partidos aliados a votarem contra a perda do mandato do senador Renan Calheiros e Lula achava isso necessário para ter o apoio principalmente do PMDB para a votação de ontem, de alguns realmente conseguiu, até Pedro Simon votou a favor do imposto e na tribuna se posicionou para um adiamento da seção para maior diálogo entre o governo e a oposição.

Para o governo segundo as declarações de ontem à tarde, a saúde será prejudicada com a perda de seis bilhões que através do programa de aceleração de crescimento, seriam investidos nessa área. O governo ameaçou ainda antes da votação que se não houvesse aprovação faria cortes em investimentos e declarou após os resultados que as pessoas mais pobres perderiam com isso.

Esse dinheiro que agora não irá para os cofres públicos representa apenas 6% do total arrecadado pela União, se nossos líderes realmente prezam por uma boa administração e são eficientes, saberão onde reduzir gastos para não precisar um aumento de outros impostos. O problema que não existe só no governo federal, também em muitas prefeituras e estados é a falta de responsabilidade com as contas públicas, se gasta muito e não há compromisso para com o dinheiro do contribuinte.

O término da CPMF será bom no sentido de gerar mais consumo, receita, mais desenvolvimento para o país. Outro lado bom será uma redução nos preços de vários produtos, no geral a CPMF deixava a maior parte dos produtos cerca de 1,7% mais caros e para as empresas que atuam em áreas com maior concorrência para serem líderes de vendas, baixarão os preços e o consumidor sairá ganhando.

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