quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Genealogia II

Comecei a ter interesse pela genealogia com 14 anos, em 2001. O começo de tudo foi um papel, uma caneta e uma conversa com meus pais e minha avó em busca de informações. Com cada informação que descobria surgia uma nova curiosidade e lá ia eu atrás de informações, primeiro visitando tios avós, primos e depois começando a pesquisa em igrejas, cemitérios, cartórios e museus.

Escrevia cartas, e-mails, telefonava para os parentes mais distantes sempre me apresentando e dizendo que pesquisava a tanto tempo de determinada família. Comecei também a visitar esses parentes que residem longe, e aí começou minha ida para Santa Maria, Cerro Largo, Itapiranga, Guarujá do Sul, Joinville, Toledo e outras cidades aqui pelo sul do Brasil. Pesquisava sempre a descendência de um imigrante e visitava os parentes principalmente com o interesse em fotografias antigas. Com tamanho interesse na história de minha família, comecei a estudar alemão e devido a esse conhecimento do idioma de meus ancestrais a partir de 2002, mandei e-mails para as cidades da Alemanha, de onde são naturais os meus antepassados. Recebi algumas respostas muito interessantes, alguns parentes mandaram informações familiares que remontam até o século XVI e XVII. Em pouco tempo, cerca de três anos, juntei um acervo enorme sobre famílias alemãs aqui do Sul do Brasil, foram 21 mil nomes de parentes, 1,7 mil fotografias antigas, mais de 500 revistas no idioma alemão, cerca de 100 livros sobre imigração, com esse material conseguiria montar um museu.

Com o ingresso para o curso superior em 2005, comecei a me dedicar mais para as matérias do curso, portanto já não podia mais pesquisar como outrora. No começo foi complicado, era tão bom todo dia procurar algo, dar um telefonema, visitar um parentes, ler um livro sobre o assunto. Fui me adaptando mas a genealogia é um vício, sorte que esse vício leva a pessoa ao conhecimento, mesmo que muitas vezes informações que apenas servirão ao genealogista e a sua família. Em 2006 praticamente parei com as pesquisas até que tive uma idéia que achei que facilitaria mais esse trabalho, ajudou um pouco, mas foi algo complicado de se fazer e ainda está sendo. Uma pesquisa de família demora anos, pessoas nascem, morrem, casam, descasam e tudo isso precisa ser atualizado, mulheres casam e o sobrenome de sua prole já não é o mesmo que o seu, o que também complica para achar descendentes das mulheres de uma família. Alguns vão pra longe, já descobri parentes morando no Japão, na Austrália, em locais do outro lado do globo.

Descobri os mórmons, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos Últimos Dias, até onde sei, todos eles pesquisam sobre seus antepassados ou deveriam. Eles percorrem todos os locais pelo mundo onde lhes permitem que fotografem todas as documentações referentes a pessoas, registros de igrejas, livros de impostos, censos. Por isso eles tem um arquivo enorme de genealogia, o maior do mundo, só na internet são 3 milhões de nomes e em Salt Lake City, onde está a sede da igreja deles são ao todos 4 bilhões em um enorme arquivo. Em Novo Hamburgo eles tem um centro de pesquisa e por um preço bem baixo eu encomendo as informações de diversas cidades e fico pesquisando. As vezes não é fácil pois os registros da igreja católica na Alemanha eram todos em latim, os padres não registravam os nomes dos avós paternos, avós maternos da criança batizada e muitas vezes nem o sobrenome da mãe era mencionado. Mas para quem gosta de fazer essas pesquisas, deve ter paciência, um pouco de conhecimentos e muita vontade para procuras. Então ultimamente estou pesquisando somente nomes de meus antepassados, suas descendências deixo que cada ramo da família complete sobre a sua.

Agora mandei novamente material para as cidades de onde vieram antepassados pedindo por informações, obtive várias respostas de parentes distantes e genealogistas interessados, e em uma breve pesquisa no google consegui nomes de antepassados que eu tenho em comum com dois senhores da Alemanha. No próximo dia 16, em dezembro irei para a Alemanha e ficarei próximo das cidades de onde preciso documentações, irei fazer pesquisas por lá e já tenho convite para passar em Kirchberg, Mannheim e Liesenich, na Baviera e na Renânia. Estou ansioso para as visitas e pesquisas e espero conseguir muito material por lá, com certeza terei ótimas experiências e pretendo escrevê-las junto com todas essas informações para um dia termos publicações dessas famílias.

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